Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
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Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
Já sentiu a diferença durante algumas refeições?Ja parou para sentir realmente as refeições?Ja deu valor a elas?Aposto que a resposta para todas essas perguntas fora não. Mai eu já, eu realmente sinto algo diferente entre as refeiçoes, sinto cada grama de comida descer pela minha garganta, e dou valor a cada uma delas. Mesmo depois de 5 meses de reabilitação me sinto igual como entrei, exceto pela aparência. Estou mais nutrida, feliz por fora e oca por dentro. Cinco meses, longos cinco meses.
-Hey Suzy anda pensando no que?-Minha prima Leila entrou em meu quarto enquanto eu ouvia musica. A olhei e sorri fraco, fazia um dia que tinha voltado da Clínica Mr. People, e toda a minha família tinha vindo para me receber.
-Estou so...pensando.
-Sentiu falta de casa enquanto esteve fora?-Ela perguntou, toda minha família lidava com minha estadia na clinica como se eu tivesse ido viajar.
-Senti.-Na verdade eu sinto falta da clínica em si, apesar de nos fazer comer todos os dias, varias vezes ao dia la eu tinha amigas, como Lisandra, ela sim era especial fazia todos rirem.
-Mais agora já esta em casa e recuperada não e?-Afirmou e eu assenti.-Trouxe alguns bolinhos da casa de vovó.
-Não, obrigada.-Ela disse, so de pensar em bolinhos, docinhos e qualquer outro alimento meu estomago se revirava dizendo NÃO.
-Mais não estava recuperada?
-Isso não quer dizer que eu esteja com fome. Por favor eu estou ocupada.-Ela saiu.
Eu sabia que não havia melhorado, escutei uma conversa muito esclarecedora no corredor da sala de espera da clínica.
Flashblack On
-Ela já esta esperando senhorita Lourdes.-O medico disse para minha mãe.
-Mais ainda esta tão magra, tem certeza disso doutor?
-Ela não consegue comer, o melhor a fazer e leva-la embora, talvez em casa ela coma.
-Ok então doutor, vamos tentar assim.-Mamãe se convenceu fácil de toda aquela história.
-Filha, Suzi querida, vamos embora.-Mamãe sorrio com desgosto, quem gostaria de ter uma filha gorda e bulímica?
Flashblack Off.
Ate hoje quando lembro dessa história me deprimo, que desgosto e lagrimas eu causa para minha família, eu sou realmente uma tragedia. Nesse momento a grande quantidade de rémedios me vem a mente, vou ate minha gaveta de pijamas, e la estão eles: Cartelas, caixas e varios comprimidos. De todos os tipos de remedios possíveis. Enfileirei eles, 20 de cada seriam suficiente para uma parada cardíaca. Ate hoje lembro-me da ordem em que estavam:20 aspirinas, 20 laxativos, 20 relaxantes musculares, 20 diuréticos e 20 para dor de cabeça. Se isso não me matasse, concerteza a gilete que estava ao lado mataria. Tomei cada um de uma vez, o primeiro, o segundo, terceiro, ate o contentíssimo comprimido. Sentei na minha cama e deitei esperando o momento em que eu não sentiria mais nada, não sentiria dor, solidão, fome ou qualquer outra coisa. Enfim apaguei.
Acordei e estava em um outro cenário, vi o rosto de mamãe com lagrimas escorrendo e de mais três fortes médicos, alem de uma enfermeira que disse:
-Fique quieta querida, so vai doer um pouco.-Logo depois enfiando um tubo pelo meu nariz, vi todo meus comprimidos sairem por ali, e logo depois apaguei novamente. Quando acordei já estava em casa.
-Porque fez aquilo?-Mamãe perguntou.
-E o único jeito de não fazer ninguem mais sofrer.-Estava decidida a isso e uma simples lavagem estomacal não me impediria. Levantei e peguei a gilete, antes escreveria algo. Peguei um papel e escrevi a seguinte frase:
“Mamãe, obrigada por me fazer sentir segura e feliz, mais agora so sinto frio, fome e uma enorme insatisfação de não ser quem eu queria ser, Adeus.”Depois do ultimo ponto e pressionei a lamina afiada sobre meu pulso esquerdo rasgando a pele e toda a carne no meio, fazendo assim com que saísse uma imensa quantidade de sangue para todos os lados, sujando o papel. Me senti tonta e cai. Agora sim tinha dado certo.
-Suzi minha filha...Nãããããããooo.-Ouvi sua voz e senti se ajoelhando aos meus pes.-Filha fala comigo.
-Adeus mamãe, eu te amo.
-Hey Suzy anda pensando no que?-Minha prima Leila entrou em meu quarto enquanto eu ouvia musica. A olhei e sorri fraco, fazia um dia que tinha voltado da Clínica Mr. People, e toda a minha família tinha vindo para me receber.
-Estou so...pensando.
-Sentiu falta de casa enquanto esteve fora?-Ela perguntou, toda minha família lidava com minha estadia na clinica como se eu tivesse ido viajar.
-Senti.-Na verdade eu sinto falta da clínica em si, apesar de nos fazer comer todos os dias, varias vezes ao dia la eu tinha amigas, como Lisandra, ela sim era especial fazia todos rirem.
-Mais agora já esta em casa e recuperada não e?-Afirmou e eu assenti.-Trouxe alguns bolinhos da casa de vovó.
-Não, obrigada.-Ela disse, so de pensar em bolinhos, docinhos e qualquer outro alimento meu estomago se revirava dizendo NÃO.
-Mais não estava recuperada?
-Isso não quer dizer que eu esteja com fome. Por favor eu estou ocupada.-Ela saiu.
Eu sabia que não havia melhorado, escutei uma conversa muito esclarecedora no corredor da sala de espera da clínica.
Flashblack On
-Ela já esta esperando senhorita Lourdes.-O medico disse para minha mãe.
-Mais ainda esta tão magra, tem certeza disso doutor?
-Ela não consegue comer, o melhor a fazer e leva-la embora, talvez em casa ela coma.
-Ok então doutor, vamos tentar assim.-Mamãe se convenceu fácil de toda aquela história.
-Filha, Suzi querida, vamos embora.-Mamãe sorrio com desgosto, quem gostaria de ter uma filha gorda e bulímica?
Flashblack Off.
Ate hoje quando lembro dessa história me deprimo, que desgosto e lagrimas eu causa para minha família, eu sou realmente uma tragedia. Nesse momento a grande quantidade de rémedios me vem a mente, vou ate minha gaveta de pijamas, e la estão eles: Cartelas, caixas e varios comprimidos. De todos os tipos de remedios possíveis. Enfileirei eles, 20 de cada seriam suficiente para uma parada cardíaca. Ate hoje lembro-me da ordem em que estavam:20 aspirinas, 20 laxativos, 20 relaxantes musculares, 20 diuréticos e 20 para dor de cabeça. Se isso não me matasse, concerteza a gilete que estava ao lado mataria. Tomei cada um de uma vez, o primeiro, o segundo, terceiro, ate o contentíssimo comprimido. Sentei na minha cama e deitei esperando o momento em que eu não sentiria mais nada, não sentiria dor, solidão, fome ou qualquer outra coisa. Enfim apaguei.
Acordei e estava em um outro cenário, vi o rosto de mamãe com lagrimas escorrendo e de mais três fortes médicos, alem de uma enfermeira que disse:
-Fique quieta querida, so vai doer um pouco.-Logo depois enfiando um tubo pelo meu nariz, vi todo meus comprimidos sairem por ali, e logo depois apaguei novamente. Quando acordei já estava em casa.
-Porque fez aquilo?-Mamãe perguntou.
-E o único jeito de não fazer ninguem mais sofrer.-Estava decidida a isso e uma simples lavagem estomacal não me impediria. Levantei e peguei a gilete, antes escreveria algo. Peguei um papel e escrevi a seguinte frase:
“Mamãe, obrigada por me fazer sentir segura e feliz, mais agora so sinto frio, fome e uma enorme insatisfação de não ser quem eu queria ser, Adeus.”Depois do ultimo ponto e pressionei a lamina afiada sobre meu pulso esquerdo rasgando a pele e toda a carne no meio, fazendo assim com que saísse uma imensa quantidade de sangue para todos os lados, sujando o papel. Me senti tonta e cai. Agora sim tinha dado certo.
-Suzi minha filha...Nãããããããooo.-Ouvi sua voz e senti se ajoelhando aos meus pes.-Filha fala comigo.
-Adeus mamãe, eu te amo.
Não lembro se ja postei aqui, mas acho que não. Digam suas opiniões Estava inspirada, eu nunca passei por uma reabilitação mais ta valendo né. Eu gostei, ate porque ja cheguei ao ponto de me entupir de remedios e cortas meus pulso e depois me arrepender. E isso ai, keep Strong girls s2
barbiemalu- Mensagens : 1040
Data de inscrição : 11/04/2011
Re: Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
Nossa, super me identifiquei, já estive internada, mas não exatamente por causa da mia, mas foi assim que eu me senti. Hoje os antidepressivos seguram um pouco a onda, mas a mia ninguém segura...
♣Poppy- Mensagens : 17
Data de inscrição : 12/12/2011
Idade : 41
Localização : Belo Horizonte
Re: Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
♣Poppy escreveu:Nossa, super me identifiquei, já estive internada, mas não exatamente por causa da mia, mas foi assim que eu me senti. Hoje os antidepressivos seguram um pouco a onda, mas a mia ninguém segura...
;/
eu fiz sem nenhum experiencia, baseado so em coisas qu eeu ja li em blogs.
barbiemalu- Mensagens : 1040
Data de inscrição : 11/04/2011
Re: Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
essa história não se encaixa mto, é impossível uma pessoa com mia se sentir feliz e oca ao mesmo tempo.... aliás, isso é impossível pra qualquer pessoa... Espero não estar desmerecendo demais e restante do texto, se estiver, me perdoe mesmo, eu ando mto aflita e impassiente, não li o restante. Eu sou mia, tenho depressão e graças a Deus a deprê está quase totalmente controlada, mas como disse nossa amiga, a mia ninguém controla. Acho que à vezes, a gente se enjoa ou se envergonha dela e a larga um pouco de lado, outras, tudo à nossa volta dói tanto, que a única satisfação encontramos nela, e duplamente, sem demagogia. Eu acredito sinceramente que vou me curar da depressão, embora acredite sinceramente que fui eu quem atraiu, provocou e desenvolveu essa doença (não desmerecendo o seu poder destruidor, pq sei que estive por um fio no sentido mais literal da expressão), mas ela foi necessária e agora está se retirando, e grande parte da responsabilidade é sim, creiam, do remédio.... Mas a mia, na verdade eu acho que tanto a ana qto a mia são incuráveis, elas são apenas controláveis.... Outra coisa: mta gente tem mia e queria ter ana, não é o meu caso, eu realmente não tenho ana, mas o fato é que a mia não distorce tanto a sua noção, portanto ela te permite ver melhor suas vitórias (embora não te dê tantas), a ana tá sempre te dizendo que vc fracassou não importa qto progresso fez, não importa o qto está magra... Eu por exemplo quase não tenho roupas que me sirvam, pq emagreci 20 kg... se eu fosse ana... não enxergaria essa vitória... Ano passado eu tinha uma meta pra esse ano, e ela foi cumprida, esse ano é uma nova meta... e eu não me canso, não me condeno. Dou graças a Deus por não ser ana e mesmo sabendo que não é o ideal sou grata por ter a mia ao meu lado.... sou grata por ser quem sou, eu só crio ficção pra me entender melhor, não pra criar uma coisa que não existe. Me desculpe se ofendi alguém, só quis abrir meu coração e expressar minha opinião, se alguém não concorda, está em seu pleno direito.
Obrigada,
♣Poppy
Obrigada,
♣Poppy
♣Poppy- Mensagens : 17
Data de inscrição : 12/12/2011
Idade : 41
Localização : Belo Horizonte
Re: Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
eu ia apagar o último post, mas resolvi deixar, pra vcs verem o que é realmente uma mente doente, perturbada. É claro que não me julgo nenhuma doida varrida ou coisa que o valha, mas sei que a mia, o álcool, a cocaína e a depressão mudaram a minha vida e a minha cabeça pra sempre. Eu juro que acredito piamente nisso: meu cérebro não funciona normalmente; tipo, se nenhuma dessas coisas tivesse passado por ele, eu tenho certeza que seria totalmente diferente....
mas isso tudo aí em cima sou eu mesma... acostume-se ou ignore
mas isso tudo aí em cima sou eu mesma... acostume-se ou ignore
♣Poppy- Mensagens : 17
Data de inscrição : 12/12/2011
Idade : 41
Localização : Belo Horizonte
Re: Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
Gostei muito do texto. Ja tive muita vontade de me encher de remédios, ou de me cortar, pular da janela, jogar o carro no rio enfim, as mais loucas idéias, tudo pra acabar com os sofrimentos, mas nunca tive coragem.
A colega aqui de cima tem razão, eu emagreci quase 40kgs só com a Ana, passei de tamanho EXG para M, mas não me sinto bem com meu corpo. E outra, o que é pior, eu comecei a ver, que mesmo estando magro, não estarei feliz. Falta alguma coisa, mas mesmo assim, não quero parar. Pra mim, Ana ja é um estilo de vida, embora as compulsões tbm façam parte...
A colega aqui de cima tem razão, eu emagreci quase 40kgs só com a Ana, passei de tamanho EXG para M, mas não me sinto bem com meu corpo. E outra, o que é pior, eu comecei a ver, que mesmo estando magro, não estarei feliz. Falta alguma coisa, mas mesmo assim, não quero parar. Pra mim, Ana ja é um estilo de vida, embora as compulsões tbm façam parte...
dig.torres- Mensagens : 111
Data de inscrição : 02/11/2011
Idade : 33
Localização : Itu/SP
Re: Saindo da Rehab ( história ficticia por: barbiemalu)
dig.torres escreveu:Gostei muito do texto. Ja tive muita vontade de me encher de remédios, ou de me cortar, pular da janela, jogar o carro no rio enfim, as mais loucas idéias, tudo pra acabar com os sofrimentos, mas nunca tive coragem.
A colega aqui de cima tem razão, eu emagreci quase 40kgs só com a Ana, passei de tamanho EXG para M, mas não me sinto bem com meu corpo. E outra, o que é pior, eu comecei a ver, que mesmo estando magro, não estarei feliz. Falta alguma coisa, mas mesmo assim, não quero parar. Pra mim, Ana ja é um estilo de vida, embora as compulsões tbm façam parte...
Obrigada, e e verdade, a ana e um estilo de vida, deslizes ocorrem em todos. (:
barbiemalu- Mensagens : 1040
Data de inscrição : 11/04/2011
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